Princípio da igualdade entre homens e mulheres
As empresas que pagarem para as mulheres salário menor do que pagam para os  homens, quando ambos realizam a mesma atividade, poderão ser multadas, conforme  projeto aprovado na última terça-feira (6), por unanimidade e em caráter  terminativo, pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação participativa (CDH).  
O relator na CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), apresentou voto favorável ao  projeto (PLC 130/2011), ressaltando que a proposição, se transformada em lei,  representará mais uma ferramenta jurídica para assegurar o princípio da  igualdade entre homens e mulheres. 
O senador lembrou que a Constituição  federal e a Consolidação  das Leis do Trabalho (CLT  - Decreto-Lei 5.452/1943)  já proíbem a diferença de salário entre homens e mulheres que executam a mesma  tarefa, sob as mesmas condições e para um mesmo empregador. No entanto, ele  observa que essas normas legais não têm sido suficientes para impedir que muitas  trabalhadoras ainda hoje enfrentem discriminação. 
De acordo com o texto, o empregador que descumprir a lei será obrigado a  pagar à empregada multa correspondente a cinco vezes a diferença verificada em  todo o período da contratação. 
O relator elogiou o autor do projeto, deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que  acompanhou a votação da matéria na reunião da CDH. Paim destacou o fato de a  multa proposta não estar sujeita a desatualização monetária e ser revertida em  favor da empregada discriminada. 
Paim agradeceu ao senador Waldemir Moka (PMDB-MS), relator da matéria na  Comissão de Assuntos Sociais (CAS), pelo esforço para a provação da proposta. Ao  comemorar a decisão da CDH, Waldemir Moka disse esperar que o texto seja logo  sancionado e entre em vigor. 
As senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Ana Rita (PT-ES) e Ivonete Dantas  (PMDB-RN) saudaram a aprovação da proposta. Elas lembraram que a votação na CDH  acontece na semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, celebrado  em 8 de março, e no ano em que o direito ao voto feminino, estabelecido pelo  Decreto 21.076/1932, completa 80 anos. 
Mesmo elogiando a aprovação do projeto, Ana Rita lembrou desafios ainda  enfrentados pelas mulheres brasileiras, como a luta contra a violência doméstica  e pela igualdade na sociedade. 
Fonte: Senado Federal 

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