Foco em uma nova cultura

O
vigilante Alexsandro dos Santos, 33 anos, conseguiu evitar a abertura
de uma ação judicial, participando da sessão de mediação. Ele estava com
pendência em relação a um imóvel deixado pela esposa, já
falecida, que era reclamado pela família dela. A equipe de mediação
convocou as duas partes e deixou que elas conversassem. Durante o
diálogo, foi encontrada uma solução para o problema e um Termo de Acordo
foi assinado. “Evitamos uma ação judicial e estamos dispostos a cumprir
o acordo”, disse Alexsandro.
O
projeto é uma iniciativa do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB,
desenvolvido pelo Departamento de Direito Privado. A coordenadora do
projeto, professora Raquel Moraes de Lima, explicou que muita gente
procura o Departamento com problemas em relação a divisão de bens,
divórcio e alimentos. “Quando é verificado que há possibilidade de
acordo, sem a necessidade de instaurar um processo, encaminhamos a
Defensoria Pública”, disse.
Na
Defensoria, nove alunas do curso de Direito, capacitadas por
professores do Centro de Ciências Jurídicas da UFPB, são acompanhadas
pela defensora Catarina Marta Guimarães a fazer a mediação. “Recebemos
muitos casais que querem se divorciar e estão com dificuldades em
resolver as pendências de uma separação. Então, a gente marca a sessão,
deixa os dois à vontade para
conversar, expor suas reivindicações e na conversa, eles mesmos, vão
encontrando a solução. Se está dentro da Lei, a gente firma o termo que
vale como Título Executivo Extrajudicial”, explicou Catarina.
A
equipe tem recebido muita gente nas sessões que acontecem à tarde. De
10 casos atendidos, nove chegam ao entendimento. Se no fechamento de um
acordo, uma das partes venha a descumprir, será aberta uma Ação de
Execução. “Os levantamentos mostram que é muito difícil o
descumprimento, já que a solução foi proposta pelas partes e elas se sentem responsáveis pela resolução”, acrescentou a professora do CCJ.
Lembrando
o Núcleo de Mediação da Defensoria Pública recebe os casos encaminhados
pela UFPB. A sede administrativa da Defensoria fica na
Rua Monsenhor Walfredo Leal, 487,bairro Tambiá, em João Pessoa. Mas, o
primeiro atendimento deve ser feito no Centro de Atendimentos, no Parque Sólon de Lucena, na Lagoa, no Centro de João Pessoa.
Por Ivani Leitão
Fonte: DPPB
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