quarta-feira, 27 de maio de 2015

Juízo da 4ª Vara da Comarca de Sousa faz trabalho de mediação e garante a conciliação em 190 processos

Medida inteligente e rápida
A promoção de 190 conciliações, envolvendo ações judiciais que tinham como partes o Município de Nazarezinho e seus servidores. Esse foi o resultado do trabalho de mediação promovido pelo Juízo da 4ª Vara da Comarca de Sousa, no período de 18 a 26 de maio. Os processos tratavam de verbas salariais não pagas, direito à progressão e implementação de adicional de insalubridade.

Desde o início deste ano, o Município de Nazarezinho vinha buscando uma solução jurídica que permitisse pôr fim a estas ações, de modo a permitir o reconhecimento, total ou parcial, dos direitos dos seus servidores, sem comprometer desproporcionalmente as finanças municipais.

Com a mediação do Juízo da 4ª Vara e a participação ativa da Procuradoria Jurídica do Município e dos advogados do Sindicato dos Servidores local, as partes chegaram a um consenso em todos os processos, permitindo a imediata expedição de requisição de pequeno valor com data fixa para liquidação.

Os acordos facilitaram, a um só tempo, o planejamento orçamentário referente aos débitos judiciais do Município e a efetivação de direitos dos servidores que seriam inquestionáveis, conforme a jurisprudência pacífica do Tribunal de Justiça da Paraíba.

“Esta iniciativa é um marco da jurisdição fazendária. Indica que o Judiciário absorve a sua função de mediador de conflitos, incentivando práticas autocompositivas e contribuindo para a pacificação social”, afirmou o juiz titular da 4ª Vara de Sousa, Diego Guimarães.

Ele exaltou o empenho do Município de Nazarezinho que se engajou em buscar a solução para o problema. “O município demonstrou uma concepção administrativa cooperativa, superando a tradicional visão de ‘resistência processual a todo custo’, facultando-lhe um planejamento adequado dos impactos orçamentários de decisões judiciais”, enfatizou.

De acordo com o magistrado, esta prática só traz benefícios ao cidadão, que tem o seu direito reconhecido mais rapidamente e à administração, que evita majorar as perdas decorrentes de decisões judiciais com o prolongamento artificial dos processos, assim como custos e despesas processuais, juros de mora, correção monetária e honorários advocatícios.

Para a procuradora do Município de Nazarezinho, Adélia Marques Formiga, que acompanhou as audiências, o trabalho de mediação promovido pela 4ª Vara de Sousa foi interessante para as duas partes, porque conseguiu solucionar vários conflitos.

“Foram estabelecidos prazos, onde a Prefeitura de Nazarezinho terá que pagar aos servidores os valores acordados até o ano de 2018. É como um parcelamento. Todos os acordos serão pagos. Do primeiro ao último, por ordem cronológica”, informou a procuradora.

O advogado dos servidores, Sebastião Botelho, que tinha cerca de 200 processos envolvidos na ação, afirmou que “a iniciativa do TJPB foi louvável, pois garantiu a construção de um acordo, de forma justa, entre as duas partes do processo”. Ele acrescentou que quase todos os seus processos tiveram acordos firmados.

Por Eloise Elane com Marayane Ribeiro
Fonte: TJPB

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