Bom para os dois
De fato, conciliar sempre vale a pena! A conciliação é uma maneira eficaz de resolver um conflito de forma participativa e autônoma. A solução que brota do consenso atende melhor aos interesses de todos, uma vez que os próprios envolvidos decidem o que é mais adequado para o caso, conforme suas próprias convicções e necessidades.
Esse foi o slogan da VII Semana Nacional da Conciliação, que se realizou no período de 07 a 14 de novembro, movimento que ocorre anualmente como forma de promover a cultura da paz.
De fato, conciliar sempre vale a pena! A conciliação é uma maneira eficaz de resolver um conflito de forma participativa e autônoma. A solução que brota do consenso atende melhor aos interesses de todos, uma vez que os próprios envolvidos decidem o que é mais adequado para o caso, conforme suas próprias convicções e necessidades.
Na conciliação, não existem vencedores nem vencidos. Todos ganham. A solução consensual reconstrói a paz, além de economizar tempo, dinheiro e evitar desgastes emocionais inerentes a situações de conflito.
Além disso, a conciliação possibilita a aproximação das pessoas, trazendo o efeito salutar do restabelecimento de relacionamentos e de vínculos afetivos importantes.
Há, também, o aspecto permanente da decisão que emerge da opção pelo diálogo. A solução advinda do consenso, certamente, será cumprida, pois reflete a vontade dos interessados, ao contrário do que ocorre quando há uma imposição por comando judicial, situação em que, por vezes, há total impossibilidade de cumprimento do que foi decidido, pois a realidade da vida não corresponde à realidade do processo.
Nesse aspecto, importante referir que as práticas autocompositivas, como a conciliação e a mediação têm como foco a resolução do conflito e não a resolução do processo.
Explico. O processo representa uma lide jurídica; uma demanda técnica que receberá uma decisão também técnica, baseada nas teses e fatos que forem apresentados nos autos. Nem sempre a lide jurídica representa o conflito real.
A prática, observados os casos atendidos nas Centrais de Conciliação e Mediação do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, demonstra que grande parte dos litígios é motivada por fatores e circunstâncias que não aparecem nos autos, os quais orbitam zona obscura que o comando judicial não alcançará.
Entretanto, a opção pelos meios consensuais de solução dos litígios, possibilita que sua real motivação seja conhecida, avaliada e discutida e que, dessa análise, sejam identificados pontos de interesses comuns a viabilizar uma solução satisfatória para todos. Daí porque quem concilia sempre sai ganhando!
Por Vanderlei Teresinha Tremeia Kubiak
Fonte: Judiciário e sociedade
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