Conciliação: com ela todo mundo ganha. A máxima, que já foi slogan de uma das campanhas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é cada vez mais a aposta de escritórios e instituições financeiras para recuperar, por meio de soluções alternativas, créditos concedidos às pessoas físicas e jurídicas. Segundo Leonardo Coimbra, do Coimbra e Bueno Advogados, os bancos e instituições financeiras estão muito flexíveis na hora de fazer os acordos. “Quem tem dívida, pode procurar o credor que tem negócio. Há várias políticas de redução e são possíveis descontos e parcelamentos. Os bancos estão abertos e muito flexíveis”, afirma o advogado. As vantagens são muitas, para os dois lados.
Os devedores conseguem boas reduções, que variam de acordo com a política de cada banco. Os nomes dos devedores vão para os cadastros de inadimplentes, mas após o pagamento da primeira parcela do acordo o nome já fica limpo - inclusive para tomar novos créditos.
Além disso, na maioria dos casos já é cobrada na Justiça e a negociação extingue também os processos, o que dá possibilidade de empresas se restabelecerem no mercado financeiro e desobstrui o já bastante congestionado Judiciário. Caso o acordo não seja cumprido, ele volta a ser cobrado judicialmente, em paralelo à cobrança amigável realizada pelo escritório, do Grupo Cercred, empresa de cobrança bancária.
É possível realizar novas conciliações mesmo após o não pagamento da primeira. “O banco não quer ir à Justiça. Ele quer receber o que emprestou e da forma mais rápida”, diz o especialista.
A recuperação de créditos, principalmente os mais antigos, é o chamariz para os bancos, que devem continuar investindo na conciliação após a grande expansão no ano passado e ainda. Coimbra acredita que as conciliações vão continuar mesmo após as medidas anunciadas pelo Banco Central no fim do ano passado para restringir o acesso ao crédito para pessoas físicas.
A tendência forte já traz impacto para os escritórios. Só no ano passado, com um boom de conciliações, o Coimbra e Bueno - eleito, pelo Itaú, o escritório de recuperação de crédito número um nas Regiões Norte, Nordeste e Espírito Santo em 2011 - cresceu 56% no número de ações de cobrança distribuídas em relação a 2010 Na recuperação efetiva de recursos para os clientes, houve um crescimento de 270% e um resultado de R$ 5 milhões recuperados em eventos de conciliação. Para 2012 houve um crescimento de pelo menos 30% no estoque de ações ativas e passivas na matriz no Rio de Janeiro e nas outras 21 filiais, que contam com um total de 300 advogados.
Fonte: Revista Resultado
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